Estrela de choque

Toto Wolff, director da equipa Mercedes pode ter perdido a paciência, resta saber se Lewis Hamilton e Nico Rosberg ganharam juízo. O rescaldo do incidente no Red Bull Ring ainda não está completo, falta saber se Wolff avança mesmo com as antipáticas ordens de equipa – impedindo ataques a partir de determinado momento da corrida -, mas o GP Áustria entrou já para a história deste campeonato.

Pouco interessa discutir agora quem tinha verdadeiramente razão naquela última volta em que, pela segunda vez em 8 semanas, os dois pilotos da Mercedes tiveram um ‘encontro imediato’. Desta vez, e ao contrário do sucedido em Barcelona, os danos foram menores. A equipa ganhou, por Hamilton, e o líder do Mundial acabou no 4.º posto, reduzindo os estragos. Mas a verdade é que o alemão, em dificuldades, não respondeu bem à tentativa de ultrapassagem do companheiro de equipa e foi penalizado. Em 10 irrelevantes segundos e, pior, num triunfo transformado em posição fora do pódio.

A menos de uma semana da corrida em Silverstone, pilotos e direcção da Mercedes precisam de respirar fundo e perceber qual o caminho a seguir nos 12 GP que ainda faltam. O campeonato não estará em perigo, até porque a Ferrari, não obstante o 3.º lugar de Raikkonen na Áustria, tarda em afirmar-se (ainda não venceu em 2016), mas a imagem, principalmente numa categoria como a F1, é tudo. E se a emoção e o espectáculo ganharam com a discussão de material (literalmente) entre Rosberg e Hamilton, fica difícil perceber quem manda numa equipa onde os pilotos persistem na escolha de… rotas de colisão.



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